Inveja não é "in"
Aviso: Com os tumultos típicos de final de ano essa semana não participarei da Blogagem Coletiva da Patrícia para poder colocar as coisas em ordem. Retorno em breve.
Inveja me parece uma palavra carregada de dissimulação. Se analisarmos a separação da palavra teremos in-veja. Não in de legal, na moda, por dentro, mas in de inverso, o inverso de veja. A pessoa vê e enxerga às coisas no avesso, e o avesso geralmente é o seu lado, o mal feito, o mal acabado. E tem raiva do que vê e queria o lado certo, bem feito e acabado do outro. Só divagações acerca da palavra...
Há muita confusão e mais uma vez a linha difusa entre admiração e inveja. Admirar é o que chamam por aí de inveja branca (e como diria a Alê, inveja lá tem cor?): você acha interessante a vida que alguém tem, as coisas que possui, materiais, emocionais ou espirituais, seu modo e trato com as pessoas, a luz que carrega consigo. Percebe que pode ser uma pessoa melhor se tentar, se buscar e admira como um meio de motivação, mas tem consciência de que se tratam de pessoas diferentes e que a fórmula usada para uma pessoa provavelmente não servirá à outra. Consegue ficar feliz com as conquistas alheias e não encara isso como uma ofensa pessoal. Talvez o espelho lhe traga alguns ingredientes, mas sabe que terá que preparar sua própria e inimitável receita.
A inveja parece ver a vida dos outros com olhos turvos. É como se a alguém ou a humanidade conspirasse contra si, como estivessem dispostos a esfregar na cara da pessoa invejosa o quando ela tem/é pouco. Acredita que para o seu alvo "invejatício" tudo vem de graça, mesmo que seja pouco...aliás, jamais vai compreender como alguém com pouco pode ser feliz. Vai querer mais para provar que é melhor, e quando percebe que mesmo se tiver mais não está feliz ficará com mais raiva ainda. O próximo passo é detonar seu alvo com críticas e desdém, afinal, se um invejoso não pode ser feliz, porque o outro pode?
Geralmente as "conquistas" das pessoas invejosas, se forem baseadas nas conquistas alheias, têm um gosto maravilhoso de vitória a ponto de deixar a pessoa em êxtase, mas não se enganem: são instantes de felicidade efêmeros, daqueles que passam voando e aumentam alguns por cento o grau da amargura quando a euforia passa, e o invejoso irá rapidamente em busca de outro alvo a ser conquistado para saciar seu vazio. Os parâmetros de justiça do invejoso são completamente deturpados, ele sempre é uma vítima. Muitas vezes age como se a vida fosse uma competição onde ele nunca pode perder.
Preocupante mesmo é quando a inveja evolui para a cobiça, quando você quer ter A VIDA da outra pessoa. Seria o estágio alarmante da inveja. Uma coisa é a pessoa comprar uma blusa igual, uma roupa igual, fazer a mesma viagem, trabalhar na mesma empresa...outra é a pessoa querer morar na casa do outro, ocupando o cargo do outro, dirigindo o carro do outro, e por aí vai. É o que eu chamo de doença.
Inveja me parece uma palavra carregada de dissimulação. Se analisarmos a separação da palavra teremos in-veja. Não in de legal, na moda, por dentro, mas in de inverso, o inverso de veja. A pessoa vê e enxerga às coisas no avesso, e o avesso geralmente é o seu lado, o mal feito, o mal acabado. E tem raiva do que vê e queria o lado certo, bem feito e acabado do outro. Só divagações acerca da palavra...
Há muita confusão e mais uma vez a linha difusa entre admiração e inveja. Admirar é o que chamam por aí de inveja branca (e como diria a Alê, inveja lá tem cor?): você acha interessante a vida que alguém tem, as coisas que possui, materiais, emocionais ou espirituais, seu modo e trato com as pessoas, a luz que carrega consigo. Percebe que pode ser uma pessoa melhor se tentar, se buscar e admira como um meio de motivação, mas tem consciência de que se tratam de pessoas diferentes e que a fórmula usada para uma pessoa provavelmente não servirá à outra. Consegue ficar feliz com as conquistas alheias e não encara isso como uma ofensa pessoal. Talvez o espelho lhe traga alguns ingredientes, mas sabe que terá que preparar sua própria e inimitável receita.
A inveja parece ver a vida dos outros com olhos turvos. É como se a alguém ou a humanidade conspirasse contra si, como estivessem dispostos a esfregar na cara da pessoa invejosa o quando ela tem/é pouco. Acredita que para o seu alvo "invejatício" tudo vem de graça, mesmo que seja pouco...aliás, jamais vai compreender como alguém com pouco pode ser feliz. Vai querer mais para provar que é melhor, e quando percebe que mesmo se tiver mais não está feliz ficará com mais raiva ainda. O próximo passo é detonar seu alvo com críticas e desdém, afinal, se um invejoso não pode ser feliz, porque o outro pode?
Preocupante mesmo é quando a inveja evolui para a cobiça, quando você quer ter A VIDA da outra pessoa. Seria o estágio alarmante da inveja. Uma coisa é a pessoa comprar uma blusa igual, uma roupa igual, fazer a mesma viagem, trabalhar na mesma empresa...outra é a pessoa querer morar na casa do outro, ocupando o cargo do outro, dirigindo o carro do outro, e por aí vai. É o que eu chamo de doença.
Todos, sem hipocrisia, em algum momento sentimos uma pontada de inveja. Isso é muito comum na infância ou adolescência. É preciso humildade para reconhecer isso e vigilância constante para perceber se não se está caindo nessa armadilha. Saber trabalhar com as perdas e frustrações e compreender que cada um é responsável por buscar seus caminhos, construir sua história e procurar no íntimo a essência do que o faz feliz é uma prova de crescimento, caráter e maturidade que pode e deve ser lapidado diariamente. O invejoso precisa encontrar meios de compreender o que está faltando de verdade para preencher o vazio ocupado pela inveja e entender que para deixar de enxergar o avesso basta querer virar a peça ao contrário, e passar a dar valor ao que é indiscutivelmente seu: a própria vida. Cuidar de dar em seus caminhos acabamentos de qualidade para que seu avesso seja tão belo quanto seu exterior.
Essa foi minha participação para a Blogagem Coletiva Promovida pela Alê do blog Diário de bordo, cujo tema é: A inveja mata! Impossível pensar no tema e não lembrar do hit perfeito de Rita Lee!
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Desafio nº 25: A morte do ventilador
O ventilador dormiu no ponto, tocou a preguiça e concluiu: cansou dessa vida danada de espalhar ar quente e resolveu virar um ar-condicionado. Dono de si, foi aos pulinhos até a geladeira, rapou gelo da bandeja, colocou num saquinho amarrado às costas...Sorridente, teve a capacidade de ligar-se na tomada, dadivoso, e sentiu o ar fresco perpassar por suas pás. Sua alegria pouco durou. A água molhou o motor e ele levou um choque. Morreu de inveja!
A regra da semana era: "queria que procurassem sete palavras respeitando esta regra: cada palavra nasce da última sílaba da palavra anterior." As palavras escolhidas estão em negrito. Blog História em 77 palavras.
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A homenagem de hoje vai para uma querida, a Vera do blog
Recanto do sol
Vera é um encanto e tem a capacidade de caçar pérolas de sabedoria para plantar em seu espaço, geralmente textos reflexivos que nos fazem repensar o olhar sobre a vida, sem falar que é presença amiga e constante.
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Recanto do sol
Vera é um encanto e tem a capacidade de caçar pérolas de sabedoria para plantar em seu espaço, geralmente textos reflexivos que nos fazem repensar o olhar sobre a vida, sem falar que é presença amiga e constante.
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Meus pingos da semana já foram entregues...quem quiser saber onde clica aqui.
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