Dos consumismos ao que importa realmente
A última Blogagem Coletiva do Chris, do blog Escritos Lisérgicos, é pertinente à época: consumismo. Afinal, são raras as pessoas que nunca tiveram um surto consumista nessa época, ainda que na infância, ainda que por pensamentos. Enfim...
A cada ano, e a cada dia mais consciente sobre o que realmente importa nesse mundo, fico menos carente de me entregar ao consumismo e mais desejosa da companhia das pessoas que realmente importam.
Esse ano não comprei presente para quase ninguém e disse para todos que não queria presentes, afinal não gosto da sensação de que não darei em troca, e os presentes que eu quero o dinheiro definitivamente não compra (diretamente falando...). A família também mostra-se mais madura em relação à isso, com a proposta de fazer somente um amigo secreto no valor de R$ 25,00 sendo inclusive aceito aqueles cartões-presente só para não passar a celebração em branco. Exceção para as crianças, que ganharam alguns mimos a mais, e pronto.
Importante mesmo a reunião dos membros que ainda permanecem unidos apesar das perdas físicas relevantes dos últimos anos. Ainda não concordo com os exageros da ceia, de uma mãe que sempre acha que faltará comida, de todos comendo até se empanturrarem e caírem pelos sofás e camas da casa, cada qual com um ventilador para aturar o calor terrível e das inúmeras travessas de sobremesa como se a ceia já não fosse o suficiente. Mas não há desperdício: as sobras são partilhadas e distribuídas entre as famílias para fazer um jantar a la "resto donté", já que os pratos são sempre deliciosos!
Das coisas boas há as histórias engraçadas, os abraços à meia-noite, as orações e agradecimentos por mais um ano juntos, os cantores ruins e bons do videokê, o primo que toca Noite feliz no teclado e pede para que eu cante ocupando o lugar da sua falecida mãe ao microfone...tarefa difícil essa, e por sorte as lágrimas ontem estavam comemorando sua ceia em um lugar distante sob pena de ter um tom fora do lugar, o que seria fatal para transformar um festa tranquila em uma festa triste. Me vi novamente assumindo involuntariamente grandes responsabilidades, talvez uma sina...O saldo, positivo, mostra que o amor da família ainda é aconchego, alegria e segurança. Há dinheiro que compre?
Das lembranças consumistas mais tristes a que tive foi em relação à cobrança que virou moda: cobra-se para tirar foto com o Papai Noel. Eu já havia achado um absurdo quando vi a plaquinha numa visita à capital e relembrei esses dias lendo esse texto do Rike, do blog Sozynho. Não me admira que as crianças não acreditem mais na magia do Natal, pois se uma mãe não tem dinheiro para fotografar seu filho com o "bom velhinho" ele vai pra casa só com a vontade...como explicar isso para uma criança de 3, 4, 5 anos? Isso é discriminação, é absurdo e merece uma campanha contra no próximo ano. Então os shoppings já não faturam rios de dinheiro o suficiente para arcar com as despesas de um Papai Noel durante o mês de dezembro, ainda querem ganhar dinheiro com isso? Então não há mais quem se vista de Papai Noel pelo simples prazer de fazer uma criança sorrir e ver seus olhos brilharem?
Fiquei feliz ontem quando assisti que esse ano o consumismo finalmente não aumentou em relação ao ano anterior, decepcionando os lojistas. Será que as pessoas estão se dando conta de que o Natal é na verdade partilha, amor e renascimento? Essa época só é consumista porque as pessoas ainda aceitam a pressão da mídia que ensina que amor não está no toque, no olhar, no abraço, mas no valor e na quantidade de presentes que se ganha.
E para mudar isso, não há fórmula mágica: há a conscientização e busca pessoal de que o que precisamos não cabe no espaço ocupado por um cartão de crédito, cabe num sorriso ou num abraço quente e sincero.
Essa foi minha participação para a...
A cada ano, e a cada dia mais consciente sobre o que realmente importa nesse mundo, fico menos carente de me entregar ao consumismo e mais desejosa da companhia das pessoas que realmente importam.
Imagem by Bia
Esse ano não comprei presente para quase ninguém e disse para todos que não queria presentes, afinal não gosto da sensação de que não darei em troca, e os presentes que eu quero o dinheiro definitivamente não compra (diretamente falando...). A família também mostra-se mais madura em relação à isso, com a proposta de fazer somente um amigo secreto no valor de R$ 25,00 sendo inclusive aceito aqueles cartões-presente só para não passar a celebração em branco. Exceção para as crianças, que ganharam alguns mimos a mais, e pronto.
Importante mesmo a reunião dos membros que ainda permanecem unidos apesar das perdas físicas relevantes dos últimos anos. Ainda não concordo com os exageros da ceia, de uma mãe que sempre acha que faltará comida, de todos comendo até se empanturrarem e caírem pelos sofás e camas da casa, cada qual com um ventilador para aturar o calor terrível e das inúmeras travessas de sobremesa como se a ceia já não fosse o suficiente. Mas não há desperdício: as sobras são partilhadas e distribuídas entre as famílias para fazer um jantar a la "resto donté", já que os pratos são sempre deliciosos!
Das coisas boas há as histórias engraçadas, os abraços à meia-noite, as orações e agradecimentos por mais um ano juntos, os cantores ruins e bons do videokê, o primo que toca Noite feliz no teclado e pede para que eu cante ocupando o lugar da sua falecida mãe ao microfone...tarefa difícil essa, e por sorte as lágrimas ontem estavam comemorando sua ceia em um lugar distante sob pena de ter um tom fora do lugar, o que seria fatal para transformar um festa tranquila em uma festa triste. Me vi novamente assumindo involuntariamente grandes responsabilidades, talvez uma sina...O saldo, positivo, mostra que o amor da família ainda é aconchego, alegria e segurança. Há dinheiro que compre?
Das lembranças consumistas mais tristes a que tive foi em relação à cobrança que virou moda: cobra-se para tirar foto com o Papai Noel. Eu já havia achado um absurdo quando vi a plaquinha numa visita à capital e relembrei esses dias lendo esse texto do Rike, do blog Sozynho. Não me admira que as crianças não acreditem mais na magia do Natal, pois se uma mãe não tem dinheiro para fotografar seu filho com o "bom velhinho" ele vai pra casa só com a vontade...como explicar isso para uma criança de 3, 4, 5 anos? Isso é discriminação, é absurdo e merece uma campanha contra no próximo ano. Então os shoppings já não faturam rios de dinheiro o suficiente para arcar com as despesas de um Papai Noel durante o mês de dezembro, ainda querem ganhar dinheiro com isso? Então não há mais quem se vista de Papai Noel pelo simples prazer de fazer uma criança sorrir e ver seus olhos brilharem?
Fiquei feliz ontem quando assisti que esse ano o consumismo finalmente não aumentou em relação ao ano anterior, decepcionando os lojistas. Será que as pessoas estão se dando conta de que o Natal é na verdade partilha, amor e renascimento? Essa época só é consumista porque as pessoas ainda aceitam a pressão da mídia que ensina que amor não está no toque, no olhar, no abraço, mas no valor e na quantidade de presentes que se ganha.
E para mudar isso, não há fórmula mágica: há a conscientização e busca pessoal de que o que precisamos não cabe no espaço ocupado por um cartão de crédito, cabe num sorriso ou num abraço quente e sincero.
Essa foi minha participação para a...
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