Blogagem Coletiva: Vamos viajar com a Chica?

Dia 21 de março. A vida é móvel. Certezas não são estacas e viver com perspectivas ajuda a flexibilizar. Por esse motivo, o post de hoje fala sobre uma das melhores formas de manter a leveza na bússola dos nossos sentimentos: viajar.



A Chica fez o convite e eu aceitei. Acessei meus arquivos de férias e encontrei imagens de Morretes, cidade histórica do Paraná, uma lindura de tão charmosa e bem cuidada.

Repleta de arquitetura colonial muito bem conservada, a região central oferece pousadas, restaurantes e cafés, além de manter na pracinha uma feira com vasta gama de produtos típicos artesanais como bala de banana, doces, compotas, cachaça de banana, licores, entre outros, e várias opções de artesanato local.






Minha foto preferida dessa série!



O Rio Nhundiaquara corta a cidade sendo muito frequentado por banhistas que sobem o rio em sua cabeceira para descer em boias alugadas de pneu ao sabor da correnteza. Famílias e casais sentam nos bancos em seu entorno para apreciar a tranquilidade do lugar.









Os restaurantes oferecem barreado, prato típico da região. Teria surgido entre os roceiros que cozinhavam a carne bem temperada em panela de barro até desfiar e serviam aos patrões quando iam visitar as lavouras. Consolidou-se durante o entrudo, precursor do Carnaval, onde os dançarinos de fandango (dança típica local) estimulavam suas senhoras a deixar o prato preparado para que elas os acompanhassem nos bailes e não precisassem se preocupar em fazer comida todo dia, uma vez que para servir basta esquentar e servir com farinha em forma de pirão e banana da terra.,. além de dar "sustância", kkkk!




Restaurante com elementos de uma antiga estação de trem. Fotos da apresentadora Ana Maria Braga que esteve no local.




Minha mãe me ensinou uma versão muito fácil e deliciosa do barreado: em uma panela de pressão coloque a posta vermelha em cubos grandes (com a gordura), cebola em rodelas, bacon em fatias, cheiro verde picado, sal e pimenta. Sem refogar cubra com água e feche a panela, leve ao fogo e verifique de tempos em tempos, acrescentando água, acertando o tempero e cozinhando até que a carne esteja desfiando (cerca de 2 horas). Sirva bem quente com farinha de mandioca, arroz branco e banana (eu dispenso a banana, kkkk).




O que mais gosto do lugar é ver o capricho com que são conservadas as fachadas e a delicadeza dos desenhos de arquitetura. Sempre me pego pensando quem já passou por aquelas ruas de pedra, quem morou e fez sua história naquelas casas, sem falar que qualquer lugar que tenha água para mim é especial.











Nosso passeio terminou na igrejinha do alto do morro... e com a lembrança da minha mãe de que quando se entra em uma nova igreja se fizermos um pedido ele será atendido. Após fazer as fotos, mais uma vez me ajoelhei, agradeci o que tenho e meu pedido foi... o mesmo. 








A paisagem na estrada passa. A vida é móvel. Certezas não são estacas e na minha bússola, tenho um amor.  

[que mais importa?]

Por ora, sigo a correnteza do rio.


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