VIII Interação Fraterna de Natal
Chegamos a mais um Natal…
Ontem, quando eu olhava algumas postagens do Instagram, vi uma conhecida postando sobre o quanto estava grata e feliz em seu relacionamento e ao final encerrou escrevendo “muito obrigada por me tratar tão bem”.
Achei bonita a mensagem de carinho e fiquei pensando sobre isso o dia todo. Quem não gosta de ser bem tratado? Todos gostamos, não é mesmo? Certamente as pessoas que mais amo são as que melhor me tratam/trataram quando estão/estiveram comigo.
Mas a pergunta que deixo para reflexão é, você está se tratando bem?
Por todos os lados vejo nessa época reclamação, correria, estresse, grosseria... naturalmente traços de pessoas que se deixaram de lado o ano todo e agora acabam entrando em colapso. Sentem-se pressionadas pelo tempo que passa e pela equação: muitas responsabilidades versus poucos momentos de alegria e satisfação genuína, sentem-se tristes e impotentes consigo e ainda gastam o pouco de energia que tem buscando cumprir suas "obrigações", um erro comum e lamentável a qual somos induzidos - e aceitamos!
É bom sim sermos bem tratados - com atenção, gentileza, apoio, carinho, valor e solidariedade. Mas se não aprendemos a nos tratar bem há alguns caminhos possíveis e inevitáveis: cobraremos sempre que o outro nos trate bem colocando a responsabilidade da satisfação pessoal nas mãos de pessoas que não vieram ao mundo para nos satisfazer; não saberemos reconhecer e valorizar quem nos trata bem verdadeiramente por não nos sentirmos merecedores ("se não me trato bem, por que alguém me trataria?") ou não conseguiremos enxergar no outro aquilo que nos falta ; não conseguiremos tratar o outro como merece porque não podemos dar aquilo que não temos; perderemos boa parte da nossa energia buscando satisfazer no outro aquilo que não temos tentando atender expectativas infinitas; veremos o tratar bem alheio sempre como interesse e não, amor; aprenderemos a associar "tratar bem " com "ganhar coisas" ou "fazer o que eu quero"; a lista de hipóteses vai embora.
Há um ano atrás escrevi que o que acontecesse de concreto no primeiro semestre determinaria quem eu seria a partir de então. Este foi um ano muito, muito difícil, em vários sentidos, mas eu encontrei de concreto algo valioso: estudo e conhecimento. Entendi que "não temos culpa de nada, mas somos responsáveis por tudo".
O problema é que nos ensinam a ser responsáveis, sim, por tudo, mas não sobre aquilo que mais importa: NÓS MESMOS. Nós somos o "tudo", e não o que está fora. Nos deixamos de lado por quem ou o que for, mas afinal, quem chegou sozinho aqui e quem partirá sozinho daqui? Quem carrega nossos pensamentos, sentimentos, vivências e histórias? Quem na hora da partida carregará nossa "bagagem" e estará disposto a saber se está pesada ou leve, muito leve? Ninguém pode fazer nada disso por nós.
Quando tomamos de fato a responsabilidade sobre o eu com maturidade, coragem e lucidez podemos nos reconstruir lembrando que a Estrela Guia do Natal, do ano todo e da vida é o amor incondicional, pois através desse sentimento podemos mudar a percepção do mundo e nossa resposta em relação a ele, remodelando nossos caminhos e nossas relações. Repito, ninguém pode fazer isso por nós, e não raras vezes a pessoa enfrenta uma doença, um acidente e/ou uma perda substancial levando um "sacode" da vida que diz, "ei, acorda, você é a pessoa mais importante do mundo para você, está na hora de fazer alguma coisa!". Entendo que eu levei um "sacode" e mereci, rsrsrs - levei a sério demais problemas que fazem parte da vida. Mas ninguém precisa chegar a esse ponto - basta aprender a escolher primeiro, a si mesmo, sem sentimento de arrogância, vingança, orgulho ferido ou despeito. Com amor.
Não se pode oferecer aquilo que não se tem. É preciso que o amor incondicional nasça primeiro em relação a nós mesmos. E então volto a perguntar: você está se tratando bem? Não pergunto exterior - física ou materialmente, mas interiormente. Tem cuidado bem dos seus sentimentos, tem percorrido o que lhe faz feliz, tem se compreendido e tido paciência consigo para rever o que não está bom? Tem respeitado seus limites? Tem se dado o tempo de ser e amar quem você é incondicionalmente mesmo que erre, discorde de si ou alguém trace críticas às suas características?
Esqueça o tempo lá fora: os prazos, as cobranças, as festas sociais, os presentes, pelo menos alguns minutos por dia para se dedicar ao que é, na verdade, o seu papel no mundo: aprender a ser a melhor pessoa que pode ser para você genuinamente, e então será possível ser o ano todo uma Estrela Guia de amor incondicional para os outros também. Dê-se seu melhor presente: aprender a cuidar e a ser a melhor bússola para seus pensamentos e sentimentos - sua melhor Estrela Guia! Uma dica - tenha paciência, não se aprende a renascer da noite para o dia. É fácil amar quem nos trata bem, então, porque não podemos ser a primeira pessoa a fazer isso?
Ah, e embora quem ame incondicionalmente o faça sem esperar confetes, de posse desse coração grande que está aí escondido sob as couraças do qual irá se libertar, não deixe de perceber e agradecer sempre aqueles que o tratam bem genuinamente - quem se ama gosta de ser uma Estrela Guia para os outros também.
Ontem, quando eu olhava algumas postagens do Instagram, vi uma conhecida postando sobre o quanto estava grata e feliz em seu relacionamento e ao final encerrou escrevendo “muito obrigada por me tratar tão bem”.
Achei bonita a mensagem de carinho e fiquei pensando sobre isso o dia todo. Quem não gosta de ser bem tratado? Todos gostamos, não é mesmo? Certamente as pessoas que mais amo são as que melhor me tratam/trataram quando estão/estiveram comigo.
Mas a pergunta que deixo para reflexão é, você está se tratando bem?
Por todos os lados vejo nessa época reclamação, correria, estresse, grosseria... naturalmente traços de pessoas que se deixaram de lado o ano todo e agora acabam entrando em colapso. Sentem-se pressionadas pelo tempo que passa e pela equação: muitas responsabilidades versus poucos momentos de alegria e satisfação genuína, sentem-se tristes e impotentes consigo e ainda gastam o pouco de energia que tem buscando cumprir suas "obrigações", um erro comum e lamentável a qual somos induzidos - e aceitamos!
É bom sim sermos bem tratados - com atenção, gentileza, apoio, carinho, valor e solidariedade. Mas se não aprendemos a nos tratar bem há alguns caminhos possíveis e inevitáveis: cobraremos sempre que o outro nos trate bem colocando a responsabilidade da satisfação pessoal nas mãos de pessoas que não vieram ao mundo para nos satisfazer; não saberemos reconhecer e valorizar quem nos trata bem verdadeiramente por não nos sentirmos merecedores ("se não me trato bem, por que alguém me trataria?") ou não conseguiremos enxergar no outro aquilo que nos falta ; não conseguiremos tratar o outro como merece porque não podemos dar aquilo que não temos; perderemos boa parte da nossa energia buscando satisfazer no outro aquilo que não temos tentando atender expectativas infinitas; veremos o tratar bem alheio sempre como interesse e não, amor; aprenderemos a associar "tratar bem " com "ganhar coisas" ou "fazer o que eu quero"; a lista de hipóteses vai embora.
Há um ano atrás escrevi que o que acontecesse de concreto no primeiro semestre determinaria quem eu seria a partir de então. Este foi um ano muito, muito difícil, em vários sentidos, mas eu encontrei de concreto algo valioso: estudo e conhecimento. Entendi que "não temos culpa de nada, mas somos responsáveis por tudo".
O problema é que nos ensinam a ser responsáveis, sim, por tudo, mas não sobre aquilo que mais importa: NÓS MESMOS. Nós somos o "tudo", e não o que está fora. Nos deixamos de lado por quem ou o que for, mas afinal, quem chegou sozinho aqui e quem partirá sozinho daqui? Quem carrega nossos pensamentos, sentimentos, vivências e histórias? Quem na hora da partida carregará nossa "bagagem" e estará disposto a saber se está pesada ou leve, muito leve? Ninguém pode fazer nada disso por nós.
Quando tomamos de fato a responsabilidade sobre o eu com maturidade, coragem e lucidez podemos nos reconstruir lembrando que a Estrela Guia do Natal, do ano todo e da vida é o amor incondicional, pois através desse sentimento podemos mudar a percepção do mundo e nossa resposta em relação a ele, remodelando nossos caminhos e nossas relações. Repito, ninguém pode fazer isso por nós, e não raras vezes a pessoa enfrenta uma doença, um acidente e/ou uma perda substancial levando um "sacode" da vida que diz, "ei, acorda, você é a pessoa mais importante do mundo para você, está na hora de fazer alguma coisa!". Entendo que eu levei um "sacode" e mereci, rsrsrs - levei a sério demais problemas que fazem parte da vida. Mas ninguém precisa chegar a esse ponto - basta aprender a escolher primeiro, a si mesmo, sem sentimento de arrogância, vingança, orgulho ferido ou despeito. Com amor.
Não se pode oferecer aquilo que não se tem. É preciso que o amor incondicional nasça primeiro em relação a nós mesmos. E então volto a perguntar: você está se tratando bem? Não pergunto exterior - física ou materialmente, mas interiormente. Tem cuidado bem dos seus sentimentos, tem percorrido o que lhe faz feliz, tem se compreendido e tido paciência consigo para rever o que não está bom? Tem respeitado seus limites? Tem se dado o tempo de ser e amar quem você é incondicionalmente mesmo que erre, discorde de si ou alguém trace críticas às suas características?
Esqueça o tempo lá fora: os prazos, as cobranças, as festas sociais, os presentes, pelo menos alguns minutos por dia para se dedicar ao que é, na verdade, o seu papel no mundo: aprender a ser a melhor pessoa que pode ser para você genuinamente, e então será possível ser o ano todo uma Estrela Guia de amor incondicional para os outros também. Dê-se seu melhor presente: aprender a cuidar e a ser a melhor bússola para seus pensamentos e sentimentos - sua melhor Estrela Guia! Uma dica - tenha paciência, não se aprende a renascer da noite para o dia. É fácil amar quem nos trata bem, então, porque não podemos ser a primeira pessoa a fazer isso?
Ah, e embora quem ame incondicionalmente o faça sem esperar confetes, de posse desse coração grande que está aí escondido sob as couraças do qual irá se libertar, não deixe de perceber e agradecer sempre aqueles que o tratam bem genuinamente - quem se ama gosta de ser uma Estrela Guia para os outros também.
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