As Estruturas Básicas da Personalidade
Segundo Freud, temos três estruturas básicas de personalidade, que se constituem a partir da forma como o aparelho psíquico se constitui e se organiza.
Neurótica: desenvolverá uma neurose. A neurose é o resultado de um conflito entre o Ego e o Id. Quando não consegue administrar estas pulsões do ID, a pessoa usa os mecanismos de defesa (recalcamentos), gerando um sintoma. a neurose gera uma angústia, que pode levar ao desenvolvimento da ansiedade. Inconscientemente há um controle, mas há um funcionamento em desequilíbrio.
Psicótica: desenvolverá uma psicose. A psicose é um desfecho de um distúrbio na relação entre o eu e o mundo externo, sendo considerada mais delicada que a neurose. Uma característica marcante da psicose é a cisão, ou seja, o rompimento com a realidade, na qual o indivíduo cria um (ou mais) universo mental particular no qual passa a viver. Um dos motivos mais frequentes para a psicose é estar vivendo em uma realidade insuportável para si.
Perversa: desenvolverá uma estrutura perversa. Na visão de Freud, a estrutura perversa se forma a partir de uma recusa singular do sujeito em aceitar a "castração" da mãe, o que leva a um desvio na pulsão sexual. Em vez de seguir o caminho "normal" para o prazer, que envolve a aceitação da castração e a busca por um objeto de amor externo, o sujeito perverso encontra satisfação em fantasias e práticas que contornam a castração.
Existem ainda as psiconeuroses narcísicas, que podem geram o estado de melancolia, quando a pessoa não consegue administrar o que deseja ser com as pressões do Superego.
Os mecanismos de defesa também diferem de acordo com a estrutura. A forma de controlar o eu ou atender suas exigências também depende de sua estrutura. Uma parte dessa estrutura é hereditária, somada à forma como se organiza durante sua vivência.
O bebê naturalmente tem uma simbiose com a mãe, mas é importante que, gradativamente, o bebê como a diferencia o "eu", do "não eu" e depois, do "outro". Quando muito primitivo, o ser tende a manter as relações simbióticas, transferindo a relação simbiótica inicial não superada com a mãe para outros relacionamentos futuros.
No fundo, todos tendemos à neurose porque vivermos em conflito, porém, a frequência com que se usa os mecanismos de defesa e a forma como administramos nossas pulsões determina o limite entre o saudável e o adoecimento.
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