Aspecto econômico, Princípio do Prazer e da Realidade

 

Dentro do desenvolvimento da Psicanálise, Freud reconheceu o quanto mexer no sofrimento pode ser doloroso, porém, é uma forma legítima de, uma vez trazido o conteúdo inconsciente para o consciente, diminuir o sofrimento do paciente.

Por conta deste possível sofrimento, o psicanalista precisa lidar com sensibilidade com as limitações do seu paciente, respeitando seu tempo e seu processo. A resistência em lidar com esta dor por inclusive desencadear mecanismos de defesa, como desistência do tratamento, atrasos na sessão ou assuntos externos que tiram o foco de si.

O psicanalista precisa ter consciência de que "a voz do Inconsciente não se cala", ou seja, em algum momento, o conteúdo reprimido virá à tona ( na forma de um pensamento, sintoma, sonho) no momento em que a pessoas estiver preparada para enxergar.

Os mecanismos de defesa são acionados para equilibrar esta carga intensa de energia que vem e desequilibra a pessoa, tirando-a do conhecido. Neste sentido, observa-se a mente com seu aspecto econômico, e existem dois princípios importantes a partir dos quais a pessoa funciona:

Princípio do Prazer: nosso comportamento é regido pela ideia de buscar a maior quantidade de prazer com a menor quantidade de esforço possível, menor perigo, com o menor gasto de energia e maior duração, eliminando a dor.

Princípio da Realidade: equilibra o princípio anterior, ajudando a colocar limites na busca por saciar o prazer, regulando as pulsões, interagindo com o mundo real (sem viver na fantasia), com respeito a si, ao outro, às regras sociais, para fortalecer então o ego. Pode gerar carga de tensão, que precisa ser contrabalanceada com a ativação do princípio do prazer.

Se uma pessoa só em uma das polaridades dos princípios, a vida fica desequilibrada.

Na prática, se uma pessoa está passando por um momento muito difícil (por exemplo, uma doença), precisa realizar paralelamente atividades que lhe dão prazer e alegria para equilibrar a balança interna.

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